História
A Estufa Fria de Lisboa no tempo e no espaço
Explore a rica história deste espaço, numa linha do tempo, desde o seu surgimento até aos dias de hoje.
Momentos da história deste nosso espaço e a forma como crescemos até ser um espaço único na cidade, "onde a vegetação luxuriante convive com grutas e caminhos únicos, cursos de água e um ambiente simultaneamente selvagem e romântico".
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Meados do Século XIX
Onde agora se estende o Parque Eduardo VII existia um lago e uma pedreira de basalto. A presença de várias nascentes de água tornou impeditiva a exploração da rocha, levando ao abandono da pedreira.
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Finais do Século XIX
O Senhor Manuel, um zeloso jardineiro municipal, escolheu este local para a aclimatação das várias plantas destinadas à Avenida da Liberdade que começou a ser construída no final do séc. XIX, entre 1879 e 1886.
As plantas ali foram ganhando raízes dando contornos de um jardim àquele espaço.
Ano de 1912
O ano de 1912 foi muito importante na história da Estufa Fria de Lisboa, aconteceu a primeira inauguração ainda como uma zona de abrigo, de certa forma rudimentar, mas a ganhar forma.
Nesta altura tomou-se a grande decisão de se construir aqui uma ampla área para proteção das plantas mais sensíveis às condições ecológicas de Lisboa. A existência de uma nascente com um bom caudal foi também decisiva para se construir aqui este jardim.
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Anos 20 do Século XX
Quirino da Fonseca, vice-presidente e vereador da CML, apercebendo-se do grande potencial deste local para um espaço verde, deu um grande impulso para a sua construção, com um projeto do Arquiteto e Pintor Raul Carapinha.
Ano de 1933
Estufa Fria de Lisboa abre as portas ao público e torna-se um exuberante jardim, escondido, bem no centro de Lisboa. A sua situação geográfica – encaixada na encosta do Parque Eduardo VII e virada a sul - associada ao clima ameno de Lisboa, possibilita condições muito favoráveis ao desenvolvimento das plantas.
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Anos 40 do Século XX
Aquando da reestruturação do Parque Eduardo VII, por Keil do Amaral, com um trabalho reconhecido na consolidação da consciência moderna da arquitetura em Portugal, a Estufa Fria de Lisboa também ganhou novas estruturas: o pórtico da entrada atual e o lago exterior.
O arquiteto Keil do Amaral teve também um papel assinalável na criação e renovação de vários parques e jardins de Lisboa.
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Anos 50 do Século XX
A Estufa Fria de Lisboa ganha mais uma importante estrutura a “Nave” da autoria de Edgar Cardoso, o conhecido engenheiro das pontes do Séc. XX.
A “Nave” é uma sala ampla abobadada, com o objetivo de vencer o vão escavado existente na antiga pedreira e permitir a continuidade da grande alameda central do Parque Eduardo VII.
A sala esteve adaptada ao teatro, onde a companhia de teatro Popular de Lisboa, representava peças de autores portugueses. Após 1974, o teatro foi desativado e foi adaptado a um grande salão para a realização de eventos.
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Ano de 1975
São inaugurados dois novos espaços - a estufa doce e a estufa quente - que vieram aumentar a área do jardim e enriquecer a coleção botânica.
Esta obra foi realizada pelos jardineiros municipais e idealizada pelo engenheiro Pulido Garcia e ao contrário da estufa fria as suas coberturas são de vidro, o que permite temperaturas mais altas no interior, condição favorável ao desenvolvimento das plantas tropicais, como a mangueira e o cafeeiro na estufa quente e o desenvolvimento das plantas de zonas áridas, na estufa doce, como os catos, as plantas suculentas e as eufórbias.
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Ano de 2016
Inaugurado o Centro Interpretativo, que acolhe exposições e atividades alusivas à botânica e à estrutura verde da cidade.